sábado, 10 de maio de 2014

Observatório Astronômico do IFMG - Campus Bambuí aberto à visitação


O Observatório Astronômico do IFMG - Campus Bambuí estará aberto para visitação todas as quartas-feiras entre às 19h30 e 22h00, até o final do período letivo. As visitas ao observatório são abertas ao público e fazem parte do projeto de extensão "Divulgação da Astronomia na Região de Bambuí", coordenado pelo Prof. Dr. Mayler Martins, com a participação das discentes Kamyla Espíndola Gibram Reis e Thamara Cristina Martins Moreira.

Neste mês de maio, será possível observar os planetas Júpiter, Marte e Saturno, a Nebulosa de Orion e o aglomerado de estrelas Kappa Crucis, entre outros astros. Caso o céu tenha nuvens, não haverá observação e o observatório estará fechado no dia. Caso a visita seja feita em grupo de mais de 20 pessoas ou em excursão escolar, essas devem ser agendadas através do e-mail mayler.martins@ifmg.edu.br .
Fonte informação: ASCOM IFMG - CAMPUS BAMBUÍ

sexta-feira, 9 de maio de 2014

8 motivos para estudar Astronomia.

Entenda por que olhar para o céu continua fundamental




A admiração e curiosidade que o homem sente pelo céu são bem antigas - remontam a cerca de 3000 AC entre os sumérios da Mesopotâmia (onde é o atual Curdistão). Os fenômenos celestes sempre ditaram o ritmo da vida aqui embaixo, literalmente. De acordo com o professor Marcelo Souza, do Observatório Astronômico Luis Cruls, foram os astros que nos ensinaram a contar os dias e as horas: "A astronomia é importante para entendermos os dias e as noites, as estações do ano, o calendário e as marés - está presente no nosso cotidiano", afirma. Além disso, o estudo do Universo mudou completamente a forma como vemos e pensamos o mundo hoje. Renato Las Casas, professor e astrônomo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), considera o telescópio o instrumento mais importante da história humana: "Seu uso nos permitiu saber que aTerra não é o centro do Universo". Ele lembra que o italiano Galileu Galilei, ao observar as crateras e os relevos da Lua, as manchas solares e os anéis de Saturno, mostrou ao mundo que o céu, assim como o nosso planeta, também vive em um rebuliço constante. "Considero estas descobertas como a maior revolução de todos os tempos no pensamento da humanidade. Não fosse pelo telescópio, provavelmente ainda acreditaríamos na teoria geocêntrica aristotélica de cerca de três séculos antes de Cristo", conclui.


1)- Para a pesquisadora Duília de Mello, a astronomia gera várias perguntas e nos permite avançar no saber. "A astronomia é uma ciência básica, é uma carreira acadêmica. O astrônomo, como todo cientista, faz perguntas que ainda não têm resposta e tenta respondê-las ou pelo menos acrescentar uma pecinha nova no quebra-cabeça. Quando se investe em ciência básica como a astronomia está se investindo em crescimento do saber da humanidade. Uma sociedade que não investe em conhecimento é uma sociedade estagnada". 

A Dra. Duilia de Mello é pesquisadora associada da NASA desde 2003 e leciona nos Estados Unidos desde 2008. Descobriu a supernova SN 1997D em 1997, no Chile e escreveu o livro "Vivendo com as estrelas", onde explica como é o dia-a-dia de um astrônomo, para que serve astronomia e como se tornou cientista. Ela também assina o blog "Mulher das Estrelas", no Jornal O Globo.

2)- Segundo o divulgador científico Carlos Oliveira, a astronomia alarga as perspectivas de sobrevivência porque nos permite conhecer outros ambientes para além do nosso planeta, possibilitandi-nos pensar em explorá-los. Para ele, "o motivo mais importante para se estudar astronomia é a sobrevivência humana. Temos que ter ‘muitos ovos em muitos cestos’, como disse Carl Sagan". 
O astrônomo Carlos Oliveira é português, é professor de Astrobiologia na Universidade do Texas, colabora para o site AstroPt. Já trabalhou no Maryland Science Center em Baltimore (EUA)

3)-O que é o Universo? Como teve origem? Qual o seu fim? Como surgiu a vida? Quantos planetas habitados existem e como é a vida nesses mundos? Luiz Nicolaci da Costa considera que estudar os astros é importante porque nos permite saber mais sobre nós mesmos e entender de onde viemos. Ele diz que a astronomia "procura entender a origem do Universo, das estrelas, dos planetas e da vida". Luiz Nicolaci da Costa é doutor em Física pela Universidade de Harvard e já pesquisou na Europa, Estados Unidos e Israel. Atualmente mora no Brasil, atuando como pesquisador titular do Observatório Nacional no Rio de Janeiro.

4)-A astronomia, para Augusto Damineli, é a ponte entre o homem e o universo e serve para estreitar a profunda e antiga relação que existe entre eles. "Muitas riquezas que circulam na Terra tiveram suas bases em descobertas astronômicas (agricultura, satélites artificiais, cálculos de estruturas na engenharia, diagnósticos via luz). A humanidade cultivou a Astronomia desde as mais remotas eras e a usou para compreender nossa relação com o Universo, para se orientar através dos astros e para dominar o tempo e as estações do ano", afirma. 
Augusto Damineli Neto pós doutorou-se em Roma e atualmente é professor na USP. Foi coordenador do Ano Internacional da Astronomia no Brasil em 2009 e entre os três livros de sua autoria está "Hubble - A Expansão do Universo"

5)-De acordo com o pesquisador Marcelo Souza, a astronomia mostra a nossa finitude e ajuda a respeitar a grandeza da natureza que nos cerca: "O mais importante é que a Astronomia é uma forma de aprendermos a respeitar a Natureza e lembrar-nos de nossos limites. Um exemplo é quando queremos realizar observações do céu e temos o firmamento coberto por nuvens. Não há o que fazer. Temos que respeitosamente aguardar que a Natureza nos brinde com momentos de céu limpo", lembra. 
Marcelo de Oliveira Souza, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, é coordenador do Observatório Astronômico Louis Cruls (CEFET - Campos dos Goytacazes/RJ). Entre suas áreas de atuação está a divulgação científica, pelo que coordenou o projeto "Universe Awareness" no Brasil durante o Ano Internacional da Astronomia em 2009.

6)-Para o cientista Eduardo Telles, a astronomia impulsiona a tecnologia, o que resulta em uma vida melhor e mais confortável a todos. "A astronomia é possivelmente hoje a ciência que traz maiores desafios tecnológicos em todas as áreas, da engenharia mecânica na construção de grandes telescópios à engenharia ótica e eletrônica, além da computacional. Essa demanda tecnológica resulta em produtos e desenvolvimento, o que traz benefícios diretos à sociedade no dia a dia. Veja, por exemplo, o desenvolvimento dos semi-condutores que fazem parte dos computadores e dos dispositivos que estão em todas câmeras fotográficas digitais hoje". 
José Eduardo Telles é doutor em Astrofísica pela Universidade de Cambridge e pós-doutor pela Universidade de São Paulo. Atualmente é pesquisador titular do Observatório Nacional (RJ) e já trabalhou como pesquisador associado na Universidade da Virgínia (EUA)

7)-Renato Las Casas acredita que a astronomia é uma ótima maneira de introduzir as pessoas à ciência, indispensável para o exercício da cidadania hoje. "Considero a astronomia a melhor porta de entrada para a ciência, seja para crianças ou adultos. E o mundo agora tomou rumos de forma que saber ciência é importantíssimo. Não apenas porque gera dinheiro - os países que têm conhecimento científico produzem aquilo que o mundo quer comprar hoje - mas, mais importante que isso, é necessário que se saiba um mínimo de ciência para exercer a cidadania. Veja por exemplo as questões de natureza científica que estão sendo votadas no Congresso, como a respeito dos alimentos transgênicos, das células-tronco e mesmo do aquecimento global. Muitas vezes elegemos este ou aquele político para defender determinada posição quanto a assuntos como estes, mas sem saber de fato o que estão defendendo." 
Renato Las Casas é mestre em Física e professor assistente na UFMG com experiência em Astrofísica. Coordena o Observatório Astronômico Frei Rosário há 17 anos e recebeu o prêmio Prof. Francisco de Assis Magalhães Gomes pelo seu trabalho de popularização da Ciência.

8)-Para Nuno Gomes, a astronomia contribui para que o mundo se torne um lugar melhor, pois inspira a curiosidade e um sentimento fraterno entre as pessoas. "Acredito que a ciência em geral e a Astronomia em particular podem contribuir de forma determinante para que o mundo se torne um lugar melhor. É uma disciplina que inspira facilmente as pessoas e leva a que se desperte a curiosidade nelas. Essa curiosidade torna-nos mais atentos e sensíveis a tudo o que nos rodeia (inclusive uns aos outros)", afirma. O astrônomo português Nuno Gomes é doutorando pela Universidade do Porto e está desenvolvendo sua tese no Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em Inglês). Entre seus objetos de estudo está a formação de planetas.

Curiosidades sobre Astronomia





A cada hora, o universo se expande 1,6 bilhões de quilômetros (um bilhão de quilômetros em cada direção).

Parte da interferência na sua TV se deve as ondas do Big Bang que gerou o universo.

Aliás, veja só que interessante: se dermos um sumiço nos átomos, seres vivos, planetas, constelações, galáxias, tudo, tudinho mesmo, o universo continuará pesando três quartos do que pesava antes – ou seja, restarão 73% da sua massa original. 

Planetas, constelações e galáxias formam apenas 4% do universo. O resto é feito de matéria escura, um tipo estranho de matéria sobre a qual os cientistas não sabem nada. 

A nossa galáxia, chamada Via Láctea, tem cerca de 200 bilhões de estrelas, embora alguns astronômos acreditem que sejam bem mais do que isso.

A galáxia mais próxima da Via Láctea é Andrômeda, também chamada de M31, localizada a dois mihões de ano-luz de distância. 

A Via Láctea e a galáxia de Andrômeda fazem parte do mesmo aglomerado galáctico, o Grupo Local, com 30 membros. Segundo os astrônomos, Via Láctea e Andrômeda não só se chocarão formando uma só galáxia, como viajam pelo espaço na direção do aglomerado de Virgem, formado por centenas de outras galáxias.

Em uma noite de céu aberto podemos enxergar cerca de 2.500 estrelas. 

As constelações mais conhecidas no Brasil são a Cruzeiro do Sul e Órion. A constelação de Órion é, em parte, formada por 3 estrelas alinhadas denominadas As Três Marias. Para os gregos antigos, elas representavam o Cinturão de Órion.

A luz que vem do sol demora cerca de 8 minutos para chegar a Terra. Pode parecer estranho, mas a luz de muitas estrelas levam milhares anos para chegar até aqui. Se uma estrela que fica a 15.000 mil ano-luz explodir nesse momento, o evento só sera visto da Terra daqui a 15.000 mil anos. 

A terra gira à 1.600 km/h, mas viaja em sua órbita ao redor do sol a mais de 107.000 km/h.

A Terra não é exatamente uma esfera. 

Peso da Terra: 5.980.000.000.000.000.000.000 toneladas.

A Lua se afasta da Terra a uma velocidade um a três centímetros por ano e três metros por século.

O Sol é 330.000 vezes maior que a Terra. Aliás, você sabia que o Sol possui 99,9% de toda a matéria do Sistema Solar?

Júpiter é duas vezes maior do que todos os outros planetas, satélites, asteróides e cometas do Sistema Solar juntos.

O planeta do Sistema Solar com o maior número de luas é Júpiter, com 63. O segundo lugar fica com Saturno, com 34 luas.

Existem cinco planetas-anões no nosso Sistema Solar: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris. Alguns cientistas, no entanto, suspeitam que esse número seja bem maior.

A temperatura da Lua pode chegar a 100º C durante o dia lunar e -175º C à noite.

A estrela mais luminosa da Via Láctea é Eta Carinae, que emite cinco milhões de vezes mais energia que o Sol.

Já a estrela mais brilhante descoberta pelo ser humano é a supernova SN1987A, da galáxia Grande Nuvem de Magalhães. Sua luminosidade é maior do que a da sua própria galáxia.

A constelação do Cruzeiro do Sul é formada por 54 estrelas; porém, somente cinco são visíveis a olho nú.

Os cientistas não sabem precisar quantas galáxias existem no Universo, mas calculam que seja algo em torno de 100 bilhões. O número de estrelas varia de galáxia para galáxia, ficando entre 100 bilhões e três trihões de astros. 

Existem vários sistemas de identificação de astros. Os mais usados são o sistema Messier (M) e o Novo Catálogo Geral de Nebulosas e Aglomerados de Estrelas (NGC). Muitas galáxias são identificadas pelo dois sistemas. Um exemplo é Andrômeda, que é identificada como M 31 e NGC 224.

Galáxias são sistemas formados por poeira, gases e estrelas, unidas por sua prórpia gravidade. Existem diversos tipos de galáxias: espirais (como a Via Láctea na imagem acima), elípticas, barradas e irregulars.

Nebulosas são corpos celestes formados por gases e poeira, nas quais nascem as estrelas. Ganhou esse nome por serem parecidas com nuvens. As nebulosas mais conhecidas são a de Água, Órion, Bumerangue, Olho de Gato e Tarântula. 

Estrelas de nêutrons são corpos supercompatos, ultramassivos, que giram muito rápido e possuem gravidade extremamente alta. São formadas quando estrelas com massa oito vezes maior que a do Sol esgotam sua energia nuclear. 

Anã branca é a fase final de uma estrela, depois que ela desprendeu suas camadas externas, restando apenas o núcleo. São corpos pequenos, com matéria densa e quente, além de brilho intenso. 

Buracos negros são estrelas pesadas, que entraram em colapso. Sua gravidade é tão intense que afeta o espaço em volta e atrai a própria luz. 

Quasares (quasar é uma abreviação de “quase estelar”) são buracos negros gigantes no centro das galáxias. São fortes emissores de luz e ondas de rádio. Esse tipo de corpo celeste gira muito rapidamente. Os astrônomos acreditam que são alguns dos objetos mais antigos e distantes do Universo.